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Contos de Fora

Contos de Fora

releitura


Há momentos que uma releitura de cem anos de solidão é revigorar de uma profunda inspiração ou talvez a procura de transpiração, parafraseando o José Luís Tavares, é aceitar que Garcia Márquez é um desgraçado de nível alto, mas não se desassosseguem, na minha terra quem é chamado de desgraçado de nível alto é aquele que é um génio. Imagina o quê que o general Buendia pensaria disso? Felizmente, é uma narrativa tipicamente ficcional. Que ficção! Inteiramente, um objecto Nobel. Agora imagina, Vargas Llosa em plena campanha para as presidências ser-lhe referido uma frase tipicamente pornográfica, que ele à muito tempo tinha referido num livro, a frase lembra o envolvente do romance que compõem o mundo do ancião dos noventa anos da ” Memória de Minhas Putas Tristes” de Gabriel García Márquez, essas analogias e formas de narrativa não é estranha, tendo em conta a temperatura sul-americana e as papoilas que entopem as ventas de resto do mundo.



 



Pelo menos aqui, neste momento as preferências autárquicas está no início da barulhada, um dos assuntos é a fidelidade e a lealdade dos candidatos em relação à família, em especial as esposas. Como se Luís XIV, que tinha 26 piquenas fosse um político ou um monarca serio, naquela época todo mundo achava aquilo normal, e alguém acha que esse assunto é estranho por aqui? Claro que é completamente normal!!! Talvez, a meu ver, seja um assunto chato, tendo em conta a minha mania de ler três livros por semana me envolve a consciência e a visão da coisa, não sei se estou ficando louco ou bacan aqui na minha cidade, cada vez que leio os livros, fico, cada vez mais mergulhado no silêncio, quando estou andando na rua tudo parece real, absolutamente real, como se um sonho já não acontece numa só noite, e a realidade viva e errante é a continuação do sonho, mas ai, entra Quixote e o Sancho pança, tudo parece real, numa realidade invertida, um homem brigando com moinhos de vento sem ter nenhuma patente no ombro dentro daquele romance moderno e competente.

MUDANÇA

Pessoas têm usado de forma obstinada a palavra MUDANÇA nesses últimos dias, criando um pequeno chavão dizendo que já é a hora de mudança a meu ver, acho que apostar neste momento na candidatura do PAICV é a continuação do revanche e a estagnação do município, ou acham que o governo de MPD terá a obrigação de estende-los o tapete concebendo eles uma vida fácil só porque foram eleitos? Não, não, farão a mesma coisa que fizeram durante quinze anos com as autarquias afectas ao MPD. Nem toda a mudança é crescimento e nem todo o movimento é andar para frente, tinham muito para dar aos municípios e em tempos exigia-se a mudança nas autarquias em que as semelhanças políticas era efectivo, mas simplesmente criaram bloqueios que se conhece, e Tarrafal é um dos Municípios que poderiam ter feito muito para o efectivo desenvolvimento, e muitas vezes preferiram apoiar associações e delegações ministeriais para fazer o trabalho das Câmaras Municipais, isto são alguns dos sinais e pecados que cometeram a par de concentração de grandes quantidades de dinheiro nas mãos de uma só pessoa enquanto muitas pessoas passavam deprimentes necessidades. Quem pede a mudança tem que merece-lo e construi-lo para que o povo possa habituar com a ideia da sua fórmula de mudança, o que é que poderá esperar um governo autárquico de uma candidatura de PAICV neste momento com o governo de MPD no poder? Revanche? Não, neste momento é importante dar o benefício da dúvida à candidatura do MPD encabeçado pelo José Pedro Nunes, a fim de podermos exigir elegendo-os com um voto de reclamação e de avido dizendo que estamos de olho neles.

Não esqueçam que a onde se pede mudança, é lugar onde reina o anarquismo, delinquência juvenil galopante, e aqui no Tarrafal de Santiago temos isso? Há trinta anos atras tínhamos uma única linha de telefone, estradas de acesso era uma ilusão, ir até Chão Bom era o mesmo que ir á peleja, não tínhamos liceu, escolas primarias insuficientes, rede de águas e esgoto fomos os primeiros a ter em Cabo Verde, luz eléctrica havia somente na casa de algumas pessoas da vila e hoje é uma coisa banal. O que falta fazer. A mudança? Mas qual?

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