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Contos de Fora

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Doença

 


Senhor gerente a minha doença é fatal. Há vinte e quatro anos, descobri que não posso morrer, mas magoei alguém duplamente, a primeira vez ao nascer, ela gritou de dor, a segunda vez derrubei todas as oportunidades que ele tinha me proporcionado, e a minha doença agarrou em mim como um carrapato reformado na pele de uma cadela. Senhor gerente, quando acreditei naquela luta para estancar a minha doença assim como dos outros pacientes como eu fiquei ainda mais dependente da doença, houve tanta promessa da eliminação da minha doença, resolvi fazer os planos para colocar os meus quatro dentes de frente e seis da parte de trás e ainda atentarei a possibilidade de trocar o meu carrinho, e a prótese para os meus pés ficará para próxima. Sim senhor gerente, se não der certo é porque a minha doença permanecerá como um cancro que não tem término.

Senhor gerente não me manda para sair da frente do seu Banco senhor gerente, no próximo mês farei vinte cinco idade nesta vida e neste país que os anos não tem importância, elas não combinam com o tamanho das nossas vidas e vivências, mas a previsão é de que a minha doença se torne cronica, dei conta de novas politicas para a minha doença o que é muito bom, já que a própria luta para a minha doença é a sua obstinada permanecia. Senhor gerente, hoje ao sair daqui, vou para casa dormir e esquecer da minha doença só por esta noite. Senhor gerente a minha doença é a pobreza material e mental, assim como centenas dos seus clientes que sentem pena de mim quando me dão uns trocados. Haja a luta para os deficientes.

 

Mario Loff

 

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